Resumo:Este artigo analisa as causas por trás dessas movimentações, seus impactos imediatos e as estratégias que traders de forex podem adotar para navegar neste ambiente de incerteza.
O mercado financeiro global amanheceu em estado de alerta nesta sexta-feira, 11 de abril de 2025, com uma série de manchetes que intensificaram a volatilidade e redirecionaram os fluxos de capital. A escalada da guerra comercial entre Estados Unidos e China, o preço do ouro ultrapassando os $3.200 por onça, o euro atingindo uma máxima de três anos e o franco suíço alcançando seu pico em 14 anos contra o dólar são os destaques que estão moldando o cenário econômico hoje. Este artigo analisa as causas por trás dessas movimentações, seus impactos imediatos e as estratégias que traders de forex podem adotar para navegar neste ambiente de incerteza.
A notícia mais impactante do dia veio de Pequim: a China elevou suas tarifas sobre bens americanos de 84% para 125%, uma retaliação direta aos 145% de tarifas impostas pelo presidente Donald Trump sobre produtos chineses, confirmadas na quinta-feira. Este movimento marca o ápice de uma série de ações recíprocas iniciada em 2018, quando os EUA acusaram a China de práticas comerciais desleais. O Ministério das Finanças chinês declarou que tarifas acima desse nível tornam o comércio “insustentável”, sugerindo que este pode ser o limite da escalada tarifária bilateral. “Não há vencedores numa guerra tarifária,” alertou o presidente Xi Jinping em reunião com o primeiro-ministro espanhol Pedro Sánchez, enquanto Trump insiste que acordos comerciais estão “muito próximos”.
Causa: A decisão de Trump de elevar as tarifas a 145% (incluindo 20% de impostos relacionados ao fentanil) reflete sua estratégia de isolar a China economicamente, enquanto a pausa de 90 dias em tarifas para outros países sinaliza uma tentativa de negociar com aliados. A resposta chinesa visa proteger seus interesses e pressionar Washington a recuar.
Impacto: O comércio entre as duas maiores economias mundiais está praticamente paralisado, com setores como tecnologia e agricultura sofrendo os maiores golpes. Analistas preveem crescimento global mais lento e inflação nos EUA e na China, enquanto o Goldman Sachs reduziu sua previsão de PIB chinês para 4% devido às tensões comerciais.
Pela primeira vez na história, o preço do ouro superou os $3.200 por onça, subindo 1,4% hoje para $3.220, após ganhos de 3,1% na quinta-feira. O metal precioso está a caminho de registrar o maior lucro semanal de 2025, com alta de 6%, impulsionado pela demanda por ativos de refúgio em meio à incerteza da guerra comercial e à queda do dólar.
Causa: A escalada das tarifas e o medo de uma recessão global estão levando investidores a abandonar ativos americanos, como ações e títulos, em favor do ouro. O índice do dólar caiu 1,2%, atingindo o menor nível em 21 meses (99,71), tornando o ouro mais acessível para detentores de outras moedas. Além disso, o aumento de 12,62 toneladas nas reservas do SPDR Gold Trust — o maior desde março — reflete a confiança renovada no metal.
Impacto: O ouro solidifica sua posição como hedge contra instabilidade política e econômica, com analistas prevendo que os $3.300 projetados pelo Goldman Sachs podem ser alcançados antes do previsto, caso as tensões persistam.
O euro disparou 1,65% contra o dólar, alcançando $1,1384 — o maior nível desde fevereiro de 2022 — após uma pausa nas tensões comerciais entre EUA e União Europeia. A Comissão Europeia suspendeu por 90 dias as tarifas retaliatórias contra os EUA, seguindo a decisão de Trump de adiar tarifas “recíprocas” contra a maioria dos países, exceto a China.
Causa: A pausa tarifária abriu espaço para negociações, com Ursula von der Leyen propondo um acordo “zero por zero” para evitar uma guerra comercial transatlântica. O enfraquecimento do dólar, combinado com medidas emergenciais da UE para estimular setores afetados, impulsionou a confiança na moeda europeia.
Impacto: O euro está a caminho de um ganho semanal de 3,85%, o terceiro consecutivo, beneficiando traders que apostaram na recuperação da moeda. Contudo, a “fragilidade” da trégua, como alertou o presidente francês Emmanuel Macron, mantém o mercado em alerta.
O franco suíço subiu impressionantes 5,3% contra o dólar nesta semana, com o par USD/CHF caindo para 0,8140, o menor nível desde janeiro de 2011. A moeda suíça ganhou 1,2% só hoje, consolidando-se como um dos principais refúgios no mercado forex.
Causa: A fuga de investidores de ativos americanos, aliada à política de juros baixos do Banco Nacional Suíço (SNB) e à estabilidade econômica do país, elevou a demanda pelo franco. A incerteza global e o risco de recessão amplificam seu apelo como “porto seguro”.
Impacto: O franco está registrando seu maior ganho semanal desde novembro de 2022, atraindo traders que buscam proteção contra a volatilidade. O SNB deve manter os juros estáveis no primeiro semestre, reforçando a força da moeda.
O cenário atual é um campo minado para traders de forex, mas também oferece oportunidades. Aqui estão as implicações e condutas possíveis:
O dia 11 de abril de 2025 ficará marcado como um ponto de inflexão nos mercados financeiros. A resposta tarifária da China aos EUA, o salto do ouro acima de $3.200, a força do euro e do franco suíço refletem um mundo em busca de estabilidade em meio ao caos. Para traders de forex, este é um momento de agir com precisão, aproveitando a volatilidade para lucrar com refúgios seguros e moedas fortalecidas, enquanto se protege contra os riscos de uma guerra comercial sem precedentes. O futuro depende de negociações — ou da falta delas — entre Washington e Pequim, mas, por ora, o mercado fala alto: a incerteza reina.
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