O mercado de Ações balançou depois do resultado da Apple

A Apple (AAPL)divulgou seus resultados, na quinta-feira (03), superando as expectativas dos analistas, porém a desaceleração nas vendas do iPhone e as fracas expectativas para o próximo trimestre desapontaram os investidores, refletindo diretamente nas negociações de suas ações em Wall Street, que são vistas em queda pela quinta sessão consecutiva, caindo até o momento mais de 7%.

As vendas do iPhone registraram uma queda de 2%em bases anuais, para US$39,67 bilhões, ficando abaixo das expectativas.

As perspectivas futuras não são nada animadoras, pois tudo aponta que a Apple registrou mais queda no lucro líquido para o próximo trimestre, em meio a um ambiente de incerteza econômica e regulatória, algo que pode afetar a demanda do consumidor de alto padrão.

Já o índice do S&P 500, chegou a fechar em alta na segunda-feira (07), quebrando uma sequência de quatro dias de derrotas; porém nesta terça-feira voltou a cair forte e já acumula uma perda de mais de 2,50%,fechando o dia abaixo dos 4500 pontos.

Vale ressaltar que a temporada de resultados tem sido um fator de suporte para as ações e vem preservando um leve otimismo dos investidores, já que das 393 empresas do S&P 500 que anunciaram os resultados do segundo trimestre, 80%superaram seu consenso de EPS. Além disso, o crédito ao consumidor em junho subiu +US$17,847 bilhões, mais forte do que as expectativas de +US$13,0 bilhões, o que ajudou a manter esse otimismo.

Recentemente os comentários agressivos do governador do Fed, Bowman, e do presidente do Fed de NY, Williams, elevaram os rendimentos dos títulos e foram um fator negativo para o mercado de ações.

No geral, o futuro movimento do mercado de ações estará ligado diretamente aos números do IPC dos EUAna quinta-feira (10). Uma nova queda nos números, poderiam sugerir que o FED está no final do seu ciclo de aperto, o que impulsionaria as ações e pesaria sobre o dólar americano. No entanto, números mais quentes, o que não seria uma surpresa, poderá validar os discursos dos falcões do FED e derrubar ainda mais o mercado de ações.

Panorama técnico para Apple

As ações da Apple foram negociadas em forte queda pela sexta sessão consecutiva, chegando a ser negociada em torno de US$ 177,33, mas se recuperou levemente no final do pregão de NY para fechar o dia com um tom ligeiramente positivo em US$ 179,83.

Sua resistência imediata emerge em US$ 180,00, zona que precisa ser eliminada de forma definitiva, que poderá pavimentar o caminho para a continuidade do movimento de recuperação. Ordens de compra devem ser consideradas em torno de US$ 180,50, com alvo nos limites de US$ 183,28, e como extensão US$ 187,50.

Olhando para baixo, os fatores fundamentais ainda são mistos; porém uma fuga sustentada abaixo de seu suporte chave em US$ 175,50, abriria as portas para um mergulho mais profundo em direção a US$ 170,60.

No geral, as Ações da Apple precisam de um agente impulsionador extra para tentar fechar o grande GAP que se abriu após a abertura do pregão de sexta-feira (04).

Gráfico Horário

Panorama técnico para o US 500

O US 500 depois de quebrar uma sequência de quatro dia de derrotas, voltou a cair forte na terça-feira chegando a ser negociado nos limites dos 4470, mas se recuperou levemente para fechar o dia ligeiramente abaixo dos 4500.

As perspectivas de curto prazo ainda são promissoras para o ativo; no entanto, ele precisa se manter firme acima de seu suporte chave de 4470, pois qualquer movimento mais amplo de queda em torno dos mercados de ações, derrubaria os índices em toda linha.

No momento o US 500 é visto lateralmente, sendo negociado em torno dos 4500, e a menos que o sentimento melhore ao longo da semana, corre o risco de novas quedas, já que os investidores se mostram preocupados com o rebaixamento de vários bancos regionais pela Moodys.

Ordens de compra podem ser consideradas caso o preço suba acima dos 4510, com alvo primário em 4540. Já pelo lado negativo, qualquer falha em capitalizar acima dos 4500, seria visto como uma nova oportunidade de vendas, com gatilho de entrada em torno de 4485, e alvo primário na mínima da semana 4470.

Gráfico Horário

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