Resumo:O dólar iniciou a semana em queda leve, negociado próximo de R$5,334, depois de ter fechado na sexta-feira (26) a R$5,3386. Apesar da desvalorização inicial, o mercado segue cercado de incertezas, influenciado por fatores internos e externos que incluem o impasse fiscal nos Estados Unidos, as expectativas em torno do relatório de empregos (payroll) e os próximos passos do Federal Reserve (Fed).
Publicado em 29/09/2025
O dólar iniciou a semana em queda leve, negociado próximo de R$5,334, depois de ter fechado na sexta-feira (26) a R$5,3386. Apesar da desvalorização inicial, o mercado segue cercado de incertezas, influenciado por fatores internos e externos que incluem o impasse fiscal nos Estados Unidos, as expectativas em torno do relatório de empregos (payroll) e os próximos passos do Federal Reserve (Fed).
Este artigo apresenta uma análise detalhada sobre a cotação do dólar em reais e frente a outras moedas internacionais, explorando as projeções para a semana e o que os investidores de forex brasileiros podem esperar nos próximos dias.
No mercado doméstico, o dólar comercial opera em baixa de 0,08%, cotado a R$5,334. Já o dólar turismo varia entre R$5,37 na compra e R$5,55 na venda.
Essa movimentação reflete tanto a instabilidade externa quanto a agenda econômica nacional, que inclui a divulgação do IGP-M de setembro, o Boletim Focus e os dados do Caged. Esses indicadores são fundamentais para as expectativas sobre a taxa Selic, que permanece projetada em 15% para 2025.
A percepção de risco fiscal segue como obstáculo para o real. Enquanto o exterior apresenta sinais de enfraquecimento do dólar diante de outras moedas, internamente o câmbio permanece pressionado.
Um dos fatores centrais para o dólar hoje é a possibilidade de paralisação parcial do governo americano, caso não haja acordo orçamentário no Congresso até o fim de setembro.
Esse risco aumenta a busca por ativos de proteção, como o ouro, que subiu para US$3.810,85 por onça. O fortalecimento do metal reflete a cautela dos investidores e sinaliza que o dólar pode seguir pressionado no curto prazo.
Outro ponto que influencia diretamente o câmbio global é o payroll de setembro, previsto para sexta-feira. A expectativa é de criação de 51 mil vagas, número bem superior às 22 mil registradas em agosto.
Se os dados confirmarem um mercado de trabalho aquecido, parte dos analistas acredita que o Fed poderá adotar cortes de juros mais graduais, sustentando a força do dólar frente a algumas moedas. Por outro lado, dados mais fracos poderiam abrir espaço para desvalorização adicional da moeda americana.
No cenário europeu, o dólar apresentou perda de força diante do euro, acompanhando a expectativa de estabilidade da política monetária do Banco Central Europeu (BCE).
Na última sessão, o EUR/USD consolidou ganhos após a inflação da zona do euro vir em linha com o esperado. O discurso de Philip Lane, economista-chefe do BCE, é aguardado como ponto-chave para avaliar a trajetória dos juros.
O USD/JPY continua refletindo a divergência entre a política monetária do Fed e a postura mais conservadora do Banco do Japão (BoJ).
Apesar da volatilidade, a tendência de curto prazo é de fortalecimento do iene, já que o mercado acredita que a moeda japonesa pode atrair fluxo em momentos de aversão ao risco. Ainda assim, qualquer sinal de cautela do Fed pode devolver fôlego ao dólar nesse par.
No par USD/CAD, o viés de queda do dólar segue evidente. O movimento é reforçado pela valorização do petróleo, que beneficia a moeda canadense.
Os analistas projetam que, caso o suporte em 1,3650 seja rompido, a cotação pode buscar níveis mais baixos. O petróleo em alta sustenta a tese de valorização do CAD frente ao dólar americano.
O par USD/CHF também mostra tendência de baixa, em linha com a percepção global de enfraquecimento do dólar. O franco suíço, tradicional moeda de refúgio, se fortalece em meio ao risco de shutdown nos EUA e às incertezas políticas em Washington.
O ouro atingiu um patamar histórico acima dos US$3.800 por onça, reforçando sua função de proteção contra crises. O contrato futuro avançou para US$3.839,10, em alta de 0,8%.
Esse movimento não apenas reflete o temor de paralisação do governo americano, mas também a expectativa de juros mais baixos nos EUA, que reduzem a atratividade do dólar como ativo de renda fixa.
No caso do Brasil, o ouro em reais também se valoriza, ampliando sua relevância como ativo de proteção para investidores locais que enfrentam um real fragilizado.
A trajetória do real seguirá condicionada ao cenário fiscal interno e à postura do Banco Central. Discursos recentes de Gabriel Galípolo e Fernando Haddad reforçam a preocupação com a sustentabilidade das contas públicas.
O mercado também acompanha a evolução da balança comercial e os dados do Caged, que podem influenciar as projeções de atividade econômica e, consequentemente, da Selic.
O dólar hoje oscila em meio a pressões internas e externas. Enquanto o real segue fragilizado pelo cenário fiscal, no exterior a moeda americana perde força frente a pares como euro, iene e franco suíço.
O destaque da semana será o payroll dos EUA, que pode redefinir as expectativas sobre a política monetária americana e influenciar diretamente o câmbio global.
Para investidores de forex brasileiros, o momento exige cautela e atenção redobrada às notícias vindas de Washington e às sinalizações do Banco Central do Brasil. A volatilidade promete ser o tom dominante nos próximos dias.
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