Resumo:A quarta-feira começa com apetite por risco contido e espera tática antes de decisões cruciais de política monetária. No foco: Federal Reserve e Bank of Canada (BoC), ambos sob pressão para cortar juros em 25 pb nesta sessão. O dólar estabiliza ligeiramente abaixo de 99,00 no DXY, depois de perdas marginais na véspera; ouro toca mínimas desde o início de outubro abaixo de US$ 3.900, mas ensaia reação em direção a US$ 4.000 na manhã europeia; moedas asiáticas ficam presas a um intervalo curto, com exceção do dólar australiano, que ganha tração após CPI do 3º tri a 3,2% a/a (acima do consenso de 3,0% e do 2,1% anterior).

Publicado em 29/10/2025
A quarta-feira começa com apetite por risco contido e espera tática antes de decisões cruciais de política monetária. No foco: Federal Reserve e Bank of Canada (BoC), ambos sob pressão para cortar juros em 25 pb nesta sessão. O dólar estabiliza ligeiramente abaixo de 99,00 no DXY, depois de perdas marginais na véspera; ouro toca mínimas desde o início de outubro abaixo de US$ 3.900, mas ensaia reação em direção a US$ 4.000 na manhã europeia; moedas asiáticas ficam presas a um intervalo curto, com exceção do dólar australiano, que ganha tração após CPI do 3º tri a 3,2% a/a (acima do consenso de 3,0% e do 2,1% anterior). Ao mesmo tempo, o mercado acompanha a agenda Trump–Xi: encontro na quinta-feira, na Coreia do Sul, com promessa de distensão comercial e debates sobre tarifas, terras raras e chips de IA. Resumo: cenário de volatilidade potencial, porém momentaneamente contido até os comunicados dos bancos centrais.
O Índice Dólar recupera ganhos modestos e se mantém um pouco abaixo de 99,00, depois de cair na terça-feira com o rali das bolsas dos EUA. A mesa global trata o corte de 25 pb do Fed como amplamente precificado; o que importa é a coletiva de Jerome Powell e pistas sobre o ritmo de afrouxamento até o fim do ano. Em paralelo, o BoC tende a cortar 25 pb, para 2,25%, e a linguagem sobre inflação e crescimento no Canadá poderá influenciar USD/CAD no intraday. Moral da história:cortes “como esperado” não movem montanha; surpresas no tom do discurso movem o câmbio.
A tabela intradiária de desempenho mostra USD mais forte vs. GBP (+0,35%) e EUR (+0,18%), porém mais fraco vs. AUD (-0,38%) e NZD (-0,13%); contra JPY, variação quase nula (-0,02%); contra CHF, USD +0,11%. O quadro reforça a leitura de força seletiva do dólar: maiores chances de corte do Fed ainda limitam o avanço do USD contra moedas pró-ciclo (como AUD/NZD), enquanto pares europeus sentem pressão técnica.
A sessão asiática foi “range-bound” para a maioria dos câmbios: USD/JPY fica logo acima de 152,00 depois de -0,5% na véspera; USD/CNY oscila perto de 7,10; USD/KRW caiu 0,70% recentemente e hoje opera com oscilações moderadas. Ponto fora da curva:AUD/USD sobe ~0,2% para máxima de 3 semanas acima de 0,6600, puxado pelo CPI a 3,2% a/a no 3º trimestre (vs. 3,0% esperados e 2,1% prévios), reduzindo as apostas em novos cortes pelo RBA. Leitura tática: as moedas asiáticas ficaram firmes nas últimas sessões com o sinal de trégua EUA–China e a convicção de corte do Fed; hoje, estabilidade até os comunicados.
O encontro Trump–Xi na quinta-feira promete degelo adicional. Trump repetiu que espera um “grande acordo” e acenou em reduzir tarifas sobre produtos chineses em troca de controle de precursores de fentanil; terras raras e chips de IA (Nvidia) também entram na mesa. Implicação imediata:apetite a risco e apoio a moedas asiáticas; efeito secundário: possível alívio adicional no dólar caso a retórica confirme distensão.
No Velho Continente, a manhã foi de pressão nas majors europeias: EUR/USD recua para abaixo de 1,1650, devolvendo parte dos 5 dias de pequenos ganhos anteriores; GBP/USD segue pressionada, abaixo de 1,3250, nível mais fraco desde o início de agosto, após perder ~0,5% na terça-feira. Drivers:USD estável antes do Fed, dados mistos na Europa e fluxo técnico. Observação: o euro ainda depende do tom do Fed para tentar consolidar novas altas; a libra sente dissabores domésticos e divergência de política.
O USD/JPY negocia num canal estreito, logo acima de 152,00. Na terça, o par caiu ~0,5%; hoje, estável, enquanto Tóquio sinaliza continuidade de política monetária visando a meta de inflação. Leitura: sem surpresa no BoJ (decisão quinta-feira), intervenção verbal continua sendo o choque mais provável para sacudir o par.
Após queda acentuada na segunda-feira, o ouro testou mínima desde o início de outubro abaixo de US$ 3.900 na terça, mas reagiu nesta manhã europeia e tenta retomar US$ 4.000. Contexto: noticiário de escalada pontual entre Israel e Hamas, com acusações mútuas de violação de cessar-fogo, reaqueceu hedge geopolítico e amparou o metal. Estratégia: enquanto o mercado precifica corte do Fed, queda de jurosreduz o custo de oportunidade e mantém a tendência macro altista do ouro, apesar da volatilidade de curto prazo.
O USD/CADpermanece na defensiva, abaixo de 1,3950, depois de cair >0,3% na terça-feira. O BoC deve cortar 25 pb para 2,25% hoje; atenção ao statement: qualquer mudança na avaliação de pressões de preços, crescimento e mercado de trabalho pode calibrar a trajetória do par. Observação: parte do alívio recente no loonie também reflete a melhora do sentimento global em torno de EUA–China.
A queda marginal do DXY ontem coincidiu com rali em Wall Street, típico de ambiente pró-risco. Hoje, os futuros dos índices oscilam e o DXY se sustenta; o mercado busca pistas sobre o “quiet engineering of liquidity” do Fed e motivações por trás de novos cortes. Chave:corte em si é “baseline”; o discurso — e o balanço de riscos — define o trade tático.
Em Ásia-Pacífico, as moedas ficaram majoritariamente estáveis. O dólarfirmou-se levemente na madrugada, com DXY +0,17%. No quadro intradiário:
• USD/JPY+0,09%; USD/SGD+0,05%; USD/INR-0,03%; USD/KRW-0,70%; USD/CNY+0,01%; USD/TWD+0,04%.
Resumo:Fed e BOJ ditam o timing; Trump–Xi dita o direcional.
No Brasil, o USD/BRL fechou próximo de 5,3581 ontem, depois de negociar perto de 5,4700 em meados de outubro. Motivos: otimismo com trégua EUA–China e aposta em corte de 25 pb pelo Fed hoje. Cenário tático: caso o FOMCsoe dovish e sinalize abertura para novo corte em dezembro, o par pode testar 5,3400–5,3200; porém, volatilidade no pós-comunicado tende a ser elevada, exigindo gestão de risco. Níveis do dia:resistência 5,3660, suporte 5,3510; alvos: 5,3850 (alto) e 5,3220 (baixo).
EUR/USD: abaixo de 1,1650, após cinco sessões com pequenos ganhos; pressão nesta manhã europeia.
Fed (FOMC):corte de 25 pb é baseline. A surpresa estaria em pistas explícitas de mais cortes em dezembro e no 1º tri/2026. Hawkish hold? Risco de repique do DXY. Dovish+? Apoio a EUR, AUD, metais.
G10 “pró-ciclo” (AUD/NZD):viés comprador intraday com CPI AU forte e Fed dovish, mirando breakouts em AUD/USD >0,6600; stop abaixo de 0,6550; gestão de risco reforçada na coletiva de Powell.
Europa (EUR/GBP):EUR/USD precisa reconquistar 1,1650 para reabrir 1,17; GBP/USD segue vulnerável <1,3250; tom do Fed decide o direcional nas próximas 24–48h.
JPY-complex (USD/JPY, AUD/JPY):canal estreito>152 no USD/JPY com risco de headline do BoJ; AUD/JPY tende a performar se Ásia/commodities continuarem apoiadas.
Emergentes (USD/BRL):faixa 5,34–5,40 é o pivô; guidance dovish do Fed pode empurrar 5,34/5,32; hawkish repuxa 5,37/5,39. No pós-FOMC, volatilidade alta e spreads mais largos.
Fed menos dovish do que o esperado → DXY em repique e queda em commodities; EUR/GBP sob pressão renovada.
O 29/10/2025 é, essencialmente, um pregão de guidance. O corte do Fed e o do BoC são, per se, consenso; o que moverá FX, ouro e índices é o que as autoridades dirão sobre trajetória de juros e condições financeiras até o fim de 2025. Ao mesmo tempo, Trump–Xi fornece o ruído (ou lubrificante) geopolítico para as posições de risco.
Três frases resumem o dia:
Para o investidor brasileiro, o USD/BRL chega em faixa favorável com viés de queda controlada se o Fed entregar um dovish convincente; 5,34–5,32 entram no radar, mas com deriva volátil no pós-comunicado. Disciplina de risco, fracionamento de entradas e respeito aos níveis são essenciais. Hoje, o mercado paga (e pune) a leitura fina de discurso.
Palavras-chave:Fed, BoC, corte de juros, Índice Dólar (DXY), ouro (XAU/USD), EUR/USD, GBP/USD, USD/JPY, AUD/USD, USD/BRL, Trump–Xi, terras raras, chips de IA, volatilidade, guidance, carry trade, Ásia, emergentes.

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