O Federal Reserve manteve as taxas de juros inalteradas e sinalizou uma postura de “espera com viés hawkish”, oferecendo suporte ao índice do dólar. Na reunião desta quarta-feira, o Fed manteve a taxa dos Fed Funds na faixa de 4,25% a 4,50%, destacando a alta incerteza em torno da inflação e do mercado de trabalho. Apesar disso, a ferramenta CME FedWatch indica que o mercado ainda precifica cerca de 60% de chance de um corte de 25 pontos-base em julho. “A incerteza sobre tarifas comerciais pode afetar nossa capacidade de alcançar as metas de inflação e emprego.” — Jerome Powell, presidente do Fed Powell mencionou repetidamente a “postura de observação” e a “vigilância sobre os riscos inflacionários” na coletiva, o que mantém o dólar com impulso de alta no curto prazo. Mercado Aguardando Anúncio Comercial de Trump com Otimismo Cauteloso Segundo fontes, Trump anunciará nesta quinta-feira um "acordo comercial importante" com um país "altamente respeitado". O próprio Trump declarou nas redes sociais que esse será “o primeiro de vários acordos”. “Amanhã às 10h da manhã, haverá uma coletiva sobre um importante acordo comercial no Salão Oval.” — Publicação de Trump no Truth Social Apesar da expectativa positiva, o governo americano adota cautela. O secretário do Tesouro, Scott Bessent, se encontrará com autoridades econômicas de um grande país asiático na Suíça em 10 de maio, mas afirma se tratar de “contato inicial”, sem expectativas de avanços substanciais. Trump também ressaltou que não reduzirá tarifas para facilitar negociações. Análise Técnica No gráfico diário do índice do dólar (DXY), o preço se aproxima da resistência psicológica de 100,00, sendo o nível mais alto desde fevereiro. O RSI está acima de 60, indicando forte momento de alta. Resistência-chave: 100,20 (se rompida, abre espaço para 101,50 e até 102,30 — máxima de 2024) Suportes: 99,35 e 98,90 (perda desses níveis pode indicar início de correção) Opinião do Editor O índice do dólar continua sua recuperação, sustentado pela estratégia de “pausa hawkish” do Fed e pela incerteza política criada por Trump. Se o acordo comercial anunciado apresentar conteúdo relevante, poderá reforçar a percepção de liderança dos EUA e sustentar a força do dólar.