Resumo:O ouro (XAU/USD) encerrou a semana cotado a aproximadamente US$ 3.643 por onça, mantendo-se próximo ao pico histórico de US$ 3.674,70 alcançado recentemente. No Brasil, a cotação do metal precioso chegou a R$ 628,76 por grama, um patamar que chama atenção tanto de investidores de forex quanto daqueles que buscam proteção em ativos reais diante da atual volatilidade macroeconômica.
Publicado em 14/09/2025
O ouro (XAU/USD) encerrou a semana cotado a aproximadamente US$ 3.643 por onça, mantendo-se próximo ao pico histórico de US$ 3.674,70 alcançado recentemente. No Brasil, a cotação do metal precioso chegou a R$ 628,76 por grama, um patamar que chama atenção tanto de investidores de forex quanto daqueles que buscam proteção em ativos reais diante da atual volatilidade macroeconômica.
Este avanço representa a quarta semana consecutiva de valorização, com ganhos de cerca de 1,7% nos últimos sete dias e uma impressionante alta acumulada de 39 a 40% em 2025. A expectativa crescente de que o Federal Reserve (Fed) realizará um corte de 25 pontos-base na reunião de 17 de setembro sustenta o movimento, com parte do mercado apostando até em uma redução de 0,50 p.p..
Os dados do mercado de trabalho norte-americano foram o principal catalisador da alta recente. Os pedidos iniciais de auxílio-desemprego subiram para 263.000, maior nível em quatro anos, enquanto revisões oficiais retiraram 911.000 vagas das estatísticas de emprego entre abril de 2024 e março de 2025. Esse enfraquecimento do mercado de trabalho aumentou a pressão sobre o Fed para iniciar o ciclo de flexibilização monetária.
Embora o CPI de agosto tenha vindo acima das expectativas (+0,4% frente à projeção de +0,3%), os investidores preferiram dar mais peso à fragilidade do mercado de trabalho. O resultado foi uma queda nos rendimentos reais dos Treasuries, o que favorece diretamente o ouro, já que o ativo não gera juros, mas se valoriza quando o custo de oportunidade cai.
Do ponto de vista técnico, o ouro está em um canal de alta sólido. O suporte imediato encontra-se na faixa de US$ 3.593 a US$ 3.612, enquanto níveis críticos estão posicionados em US$ 3.500 e US$ 3.432.
As resistências mais relevantes no curto prazo são:
Caso consiga ultrapassar esses níveis, os analistas projetam um movimento em direção a US$ 3.879,64 ainda em setembro.
A alta do ouro não é sustentada apenas por fatores técnicos e expectativas de juros. A demanda institucional também reforça o movimento.
Além da política monetária, questões geopolíticas também estão impulsionando o ouro como ativo de proteção.
O movimento altista não se limitou ao ouro:
A forte valorização da prata, somada ao uso industrial em setores como painéis solares e carros elétricos, sugere que ainda há espaço para ganhos adicionais.
O Bitcoin também mostrou desempenho positivo nas últimas semanas, alcançando US$ 115.000 após subir cerca de 4%, impulsionado pela mesma expectativa de corte de juros pelo Fed. A criptomoeda mantém alta correlação com o ouro, reforçando a tese de que ativos de proteção tendem a se valorizar em momentos de liquidez elevada e incerteza macroeconômica.
Para o investidor de forex, a atual valorização do ouro tem múltiplos efeitos:
O ouro vive um momento histórico, sustentado por fragilidade do mercado de trabalho nos EUA, expectativas de corte de juros pelo Fed, forte demanda institucional e incertezas geopolíticas. Para os traders de forex brasileiros, acompanhar a cotação do XAU/USD e do XAU/BRL é essencial para identificar oportunidades de arbitragem e proteção em um cenário de alta volatilidade global.
Com projeções que apontam para US$ 3.879/oz ainda em setembro e possivelmente US$ 3.900 em 2026, o ouro reafirma seu papel de protagonista nos mercados financeiros e sua importância como ativo de proteção e especulação.
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