Resumo:O ouro segue como protagonista no mercado internacional, consolidando-se acima de US$ 3.665 por onça no XAU/USD e valendo cerca de R$ 628,92 por grama no XAU/BRL. O movimento reflete não apenas o corte de 25 pontos-base na taxa de juros pelo Federal Reserve, mas também a atuação massiva dos bancos centrais emergentes, que continuam comprando ouro como forma de diversificação diante da instabilidade do dólar. A questão que domina o radar dos investidores é: até onde pode ir essa escalada e como ela afeta quem opera no forex?
Publicado em 22 de setembro de 2025
O ouro segue como protagonista no mercado internacional, consolidando-se acima de US$ 3.665 por onça no XAU/USD e valendo cerca de R$ 628,92 por grama no XAU/BRL. O movimento reflete não apenas o corte de 25 pontos-base na taxa de juros pelo Federal Reserve, mas também a atuação massiva dos bancos centrais emergentes, que continuam comprando ouro como forma de diversificação diante da instabilidade do dólar. A questão que domina o radar dos investidores é: até onde pode ir essa escalada e como ela afeta quem opera no forex?
A decisão recente do Federal Reserve de reduzir os juros nos EUA impulsionou o ouro ao reduzir o custo de oportunidade de ativos não remunerados. Além disso, há expectativa de novos cortes em outubro e dezembro, com possibilidade de continuidade em 2026. Essa política cria um cenário onde a inflação permanece elevada, ao mesmo tempo em que os rendimentos reais caem, reforçando a busca por ativos de proteção como o ouro.
Do ponto de vista técnico, o ouro encontrou suporte sólido em US$ 3.630 e enfrenta resistência entre US$ 3.740 e US$ 3.800. Um fechamento diário acima de US$ 3.710 poderia destravar o caminho para novas máximas históricas, com projeções de curto prazo apontando para a marca psicológica de US$ 4.000. Já no Brasil, com o câmbio pressionado, o ouro em reais segue valorizado, tornando-se um dos ativos mais rentáveis de 2025.
Mesmo com o dólar mostrando recuperação momentânea diante de dados fortes do mercado de trabalho nos EUA, o ouro manteve firmeza. Cada correção próxima dos US$ 3.630 tem atraído forte demanda institucional, confirmando que os grandes players estão acumulando posições no metal. Isso reforça a visão de que o ouro permanece como ativo-chave de proteção contra políticas monetárias agressivas.
O movimento de compra dos bancos centrais, especialmente de países emergentes, é um dos principais motores da alta. Paralelamente, mudanças na mineração – como a venda de ativos da Newmont, captações bilionárias de mineradoras menores e aprovação de novos projetos estratégicos – mostram que a oferta tende a ficar mais restrita. Esse desequilíbrio entre demanda crescente e oferta limitada fortalece a tese de valorização estrutural do ouro.
Enquanto o ouro avança quase 40% em 2025, a prata também se destaca, cotada em US$ 42,76 (+2,2%), com potencial para buscar US$ 45,00. Já o platina rompeu uma resistência de 17 anos, reforçando a atratividade dos metais preciosos. No entanto, analistas destacam que, embora esses ativos apresentem bom desempenho, o XAU/USD segue como âncora dos portfólios institucionais.
No campo energético, o petróleo mostra oscilações ligadas à geopolítica e à oferta, enquanto o gás natural caiu para US$ 2,88 diante do excesso de estoques. Esses movimentos reforçam o ouro como alternativa sólida para quem busca proteção em meio à volatilidade das commodities.
Para o investidor brasileiro, o ouro em reais (XAU/BRL) está entre os ativos mais valorizados do ano, superando não apenas o dólar, mas também índices locais de renda variável. A demanda interna é reforçada por momentos de instabilidade política e expectativas de cortes de juros no Brasil, que reduzem a atratividade da renda fixa. Isso torna o ouro uma escolha natural para diversificação e proteção de portfólio no mercado nacional.
Grandes bancos e casas de análise mantêm perspectivas otimistas para o ouro. O Deutsche Bank projeta média de US$ 4.000/oz até 2026, enquanto o Goldman Sachs aponta um aumento potencial de 37% em relação aos preços atuais. Já a Swiss Asia Capital enxerga valorização de até 229% até 2032, reforçando a visão de que o metal pode alcançar níveis sem precedentes na próxima década.
As ações de mineradoras também surfam essa onda. O índice GDX acumula alta de 110% no ano, enquanto o GDXJ – voltado para mineradoras juniores – avança 112%. Empresas como a Agnico Eagle Mines (AEM) superaram expectativas rapidamente, mostrando que o setor de mineração pode oferecer ganhos ainda mais expressivos do que o próprio metal físico em determinados momentos do ciclo.
Com suporte institucional em US$ 3.630–3.636, a visão predominante é de que o ouro deve continuar valorizando. Cada recuo para a faixa de US$ 3.600 vem sendo tratado como oportunidade de compra por fundos e investidores institucionais. Para quem opera no forex e busca exposição em XAU/USD ou XAU/BRL, a estratégia de “buy the dip” permanece válida, com alvos de curto prazo em US$ 3.740–3.800 e de médio prazo em US$ 4.000.
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