Resumo:O ouro continua seu movimento de valorização nesta quinta-feira, 16 de outubro de 2025, sustentado pela expectativa de novos cortes de juros pelo Federal Reserve, pela fraqueza do dólar e pela forte demanda institucional. A cotação internacional do metal atinge US$ 4.278 por onça troy, aproximando-se do recorde histórico de US$ 4.300, enquanto no mercado brasileiro o grama do ouro é negociado a R$ 736,15, impulsionado pelo câmbio e pela busca por ativos de refúgio.
Publicado em 16/10/2025
O ouro continua seu movimento de valorização nesta quinta-feira, 16 de outubro de 2025, sustentado pela expectativa de novos cortes de juros pelo Federal Reserve, pela fraqueza do dólar e pela forte demanda institucional. A cotação internacional do metal atinge US$ 4.278 por onça troy, aproximando-se do recorde histórico de US$ 4.300, enquanto no mercado brasileiro o grama do ouro é negociado a R$ 736,15, impulsionado pelo câmbio e pela busca por ativos de refúgio.
A tendência altista reflete a combinação de fatores econômicos e geopolíticos que vêm favorecendo o metal desde o início de 2025: liquidez global abundante, juros reais em queda, tensões comerciais entre potências e aumento das reservas de ouro por bancos centrais. Com isso, o ouro se mantém como o ativo mais rentável e seguro do ano, superando inclusive os índices de ações e títulos públicos de longo prazo.
A cotação do XAU/USD avançou nas últimas 24 horas, consolidando-se acima dos US$ 4.250, após o discurso de Jerome Powell, presidente do Federal Reserve, que reforçou a intenção de manter uma política monetária expansionista diante do enfraquecimento do mercado de trabalho americano.
Os investidores agora precificam quase 95% de chance de que o Fed corte novamente a taxa de juros em novembro, reduzindo o intervalo atual de 3,75%–4,00% para 3,50%–3,75%. Essa expectativa pressiona o dólar americano (USD) e impulsiona os metais preciosos, considerados os principais beneficiários de ciclos de afrouxamento monetário.
O gráfico diário do ouro mostra uma sequência de seis pregões positivos consecutivos, configurando uma estrutura de continuação de tendência. A média móvel exponencial de 20 períodos (EMA20) atua como suporte dinâmico em US$ 4.180, enquanto a média móvel de 50 períodos (EMA50) se aproxima dos US$ 4.050, confirmando o viés de alta.
O índice de força relativa (RSI) permanece acima de 65 pontos, sinalizando forte momentum comprador e indicando que o ouro ainda não atingiu zona de sobrecompra extrema.
Principais níveis técnicos do XAU/USD:
De acordo com projeções de curto prazo, um rompimento sustentado acima de US$ 4.300 pode abrir espaço para um movimento em direção a US$ 4.360–4.380, enquanto correções pontuais até US$ 4.180 seriam consideradas movimentos saudáveis dentro da tendência de alta.
No mercado doméstico, o ouro em reais registra valorização de 0,4% nesta quinta-feira, sendo negociado a R$ 736,15 por grama, novo recorde nominal. O movimento acompanha a alta global do metal e é reforçado pela flutuação cambial, com o dólar cotado a R$ 6,03.
A valorização acumulada do ouro em reais em 2025 já ultrapassa 26%, superando amplamente os retornos da renda fixa e do Ibovespa, e consolidando o metal como uma das aplicações mais rentáveis do ano.
O cenário de juros em queda no Brasil, combinado à desaceleração do crescimento econômico global, favorece a migração de investidores para ativos de proteção, como o ouro.
Além disso, a alta volatilidade do dólar e as tensões políticas internas ampliam o apelo do metal como reserva de valor. A cotação em reais reflete não apenas o comportamento internacional do ouro, mas também a tendência de desvalorização do real frente às principais moedas.
O desempenho do ouro nas últimas semanas é sustentado por quatro pilares fundamentais:
Esses fatores combinados criam um ambiente de sustentação estrutural para o metal, que se consolida como o ativo mais resiliente do ciclo econômico atual.
O movimento altista não é exclusivo do ouro. A prata (XAG/USD) subiu para US$ 54,28 por onça, consolidando seu rompimento acima da barreira psicológica de US$ 50. O metal acumula alta de 22% em 2025, sustentado pelo aumento da demanda industrial e pelo interesse de fundos de investimento.
A platina (XPT/USD) opera em US$ 1.035, enquanto o paládio (XPD/USD) atinge US$ 1.470, ambos impulsionados pela retomada da produção automotiva e pela expectativa de novas restrições à exportação de metais estratégicos na África do Sul.
O fortalecimento conjunto dos metais reforça a leitura de que o mercado está atravessando um ciclo de valorização de commodities reais, alimentado por incertezas políticas e liquidez excessiva.
A recente queda nos rendimentos dos títulos do Tesouro americano de 10 anos, que recuaram para 3,58%, vem sendo um dos principais motores da alta do ouro. Juros menores tornam os ativos de renda fixa menos atrativos, levando investidores institucionais a buscar alternativas de preservação de valor, como o ouro físico e os ETFs lastreados no metal.
O movimento é amplificado pela fraqueza do dólar americano, que perdeu força após as declarações dovish do Fed e os dados fracos do índice de preços ao produtor (PPI), que indicaram desaceleração da inflação.
Com o Índice Dólar (DXY) rompendo para baixo da zona dos 99 pontos, o ouro recebe impulso adicional de investidores estrangeiros, que se aproveitam da moeda mais barata para comprar contratos denominados em USD.
Os fundos de investimento e bancos centrais têm desempenhado papel decisivo na sustentação da tendência de alta do ouro. Nas últimas semanas, a entrada líquida em ETFs de ouro superou 65 toneladas, revertendo completamente a saída registrada no início do ano.
Instituições como o Banco Popular da China (PBoC) e o Banco Central da Índia (RBI) continuam ampliando suas reservas de ouro físico como forma de diversificar as reservas internacionais e reduzir a dependência do dólar.
Esse fenômeno, conhecido como desdolarização, vem se acelerando desde 2022, quando as sanções econômicas impostas à Rússia revelaram a vulnerabilidade de ativos financeiros denominados em dólar. Desde então, o ouro se tornou uma alternativa segura, tangível e globalmente aceita para o armazenamento de valor.
Para o investidor brasileiro, o cenário é amplamente favorável ao ouro. Com o grama acima de R$ 736, o metal oferece proteção cambial, resiliência frente à inflação e diversificação de portfólio.
Entre as principais formas de investir estão:
A recomendação de analistas é manter entre 5% e 10% do portfólio em ouro, como forma de equilibrar risco e retorno. O ativo funciona como seguro patrimonial em tempos de instabilidade política, cambial e inflacionária.
Os analistas de mercado mantêm viés positivo para o ouro no curto e médio prazo. A tendência de alta só seria comprometida caso o Fed adiasse os cortes de juros ou o dólar retomasse força global.
Para o final de outubro, a projeção média dos bancos internacionais aponta o XAU/USD em US$ 4.320 e o grama do ouro em R$ 740, mantendo o tom altista observado desde o início do trimestre.
O UBS e o Goldman Sachs reafirmam suas projeções otimistas, com metas de US$ 4.500 por onça até o primeiro trimestre de 2026, sustentadas pela demanda institucional e fluxo de compra em ETFs.
Enquanto isso, investidores seguem atentos ao calendário de dados econômicos: Pedidos de Seguro-Desemprego dos EUA, Inflação na Zona do Euro e o próximo Relatório de Política Monetária do Fed, todos eventos com potencial de provocar ajustes momentâneos na cotação do ouro.
Em um cenário de juros baixos, dólar fraco e tensões globais crescentes, o ouro reafirma sua posição como o ativo mais confiável e desejado de 2025.
Com o XAU/USD cotado a US$ 4.278 e o grama em R$ 736,15, o metal permanece no centro das atenções do mercado — símbolo de estabilidade, proteção e liquidez global.
Para o investidor que busca segurança diante da instabilidade monetária e geopolítica, o ouro segue sendo a reserva de valor por excelência, mantendo seu brilho inabalável há séculos.
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