Resumo:À medida que a penúltima semana completa de negociação de 2025 se inicia, os mercados cambiais se preparam para um teste decisivo. Entre uma série de dados macroeconômicos de alto impacto, decisões de bancos centrais e o início do período de férias com volumes mais baixos, os traders enfrentam um cenário de alta volatilidade e potenciais movimentos bruscos. Este relatório, baseado nas análises mais recentes de especialistas do mercado, traça um panorama e projeções para os principais pares de moeda, incluindo USD/JPY, EUR/USD, GBP/USD, AUD/USD, USD/CAD, USD/CHF e USD/ZAR, além de insights sobre Bitcoin e o índice NASDAQ 100.

Publicado em 14/12/2025
À medida que a penúltima semana completa de negociação de 2025 se inicia, os mercados cambiais se preparam para um teste decisivo. Entre uma série de dados macroeconômicos de alto impacto, decisões de bancos centrais e o início do período de férias com volumes mais baixos, os traders enfrentam um cenário de alta volatilidade e potenciais movimentos bruscos. Este relatório, baseado nas análises mais recentes de especialistas do mercado, traça um panorama e projeções para os principais pares de moeda, incluindo USD/JPY, EUR/USD, GBP/USD, AUD/USD, USD/CAD, USD/CHF e USD/ZAR, além de insights sobre Bitcoin e o índice NASDAQ 100.
A semana passada foi dominada pelo anúncio de corte de juros de 25 pontos-base pelo Federal Reserve (Fed). No entanto, o efeito esperado de enfraquecimento prolongado do dólar foi parcialmente contido pelo tom cauteloso — ou “hawkish cut” — adotado pelo Chairman Jerome Powell. O mercado agora digere a mensagem de que, apesar do início do ciclo de afrouxamento, o caminho a seguir será dependente de dados, especialmente em um contexto de inflação teimosa e um mercado de trabalho mostrando sinais de resfriamento. Esta ambivalência criou um ambiente de dólar oscilante, sem uma direção clara, que deve persistir até que novos dados, como os de inflação (CPI) e emprego (NFP) dos EUA desta semana, forneçam maior clareza. Paralelamente, a proximidade das festas de final de ano começa a reduzir a liquidez, um cenário propício para movimentos técnicos exacerbados e potenciais squeezes.
O euro demonstrou força notável na semana que passou, impulsionado por comentários surpreendentes do membro do BCE, Isabel Schnabel, que sugeriram que o próximo movimento da taxa do banco central europeu poderia ser um aumento, e não um corte. Essa percepção de divergência de política monetária em relação ao Fed deu novo fôlego à moeda única. Tecnicamente, o par EUR/USD está testando uma resistência formidável na zona de Fibonacci entre 1.1686 e 1.1748, uma barreira que tem bloqueado os touros há cinco meses. O nível de 1.1748, em particular, manteve as máximas de quinta e sexta-feira e se tornou a linha na areia para qualquer avanço significativo.
A estrutura de higher highs e higher lows no gráfico diário mantém a porta aberta para os compradores. No entanto, o movimento desta semana será amplamente determinado pelo fluxo de dados dos EUA. Um CPI americano mais fraco poderia cimentar as expectativas de mais cortes do Fed em 2026, potencialmente quebrando a resistência e levando o EUR/USD a testar níveis mais altos, como 1.1850. Por outro lado, dados resilientes dos EUA podem fortalecer o dólar temporariamente, empurrando o par de volta para a base de suporte em 1.1686 ou mesmo 1.1613. O par opera em uma bifurcação crítica, e a reação a esses dados pode definir sua tendência para o início de 2026.
A libra esterlina apresentou um comportamento intrigante. Apesar de ter se beneficiado inicialmente do corte do Fed, o par GBP/USD mostrou hesitação no fechamento da semana, falhando em sustentar ganhos acima de 1.34000. A atenção agora se volta quase inteiramente para a decisão de política monetária do Banco da Inglaterra (BoE) nesta quinta-feira, 18 de dezembro. O mercado amplamente espera um corte de 25 pontos-base, mas o foco estará na comunicação e nas projeções sobre a inflação persistente no Reino Unido.
A análise técnica sugere que o nível de 1.34000 permanece como uma resistência importante. Sem um fechamento diário ou semanal consistente acima dele, a convicção de alta é limitada. De fato, há indícios de formação de um potencial sinal de venda no curto prazo. O suporte imediato está em 1.3200, com uma ruptura abrindo caminho para uma retestagem do nível psicológico de 1.3000. A volatilidade deve aumentar antes e após o anúncio do BoE. Além disso, a proximidade do Natal adiciona uma camada extra de cautela; volumes mais baixos podem amplificar movimentos, tornando o gerenciamento de risco essencial. A faixa especulativa para a semana é estimada entre 1.33085 e 1.34590.
O dólar americano continua seu movimento lateral contra o iene japonês, consolidando-se após uma tendência de alta significativa. Os níveis-chave a observar são ¥155 como suporte imediato e ¥158 como resistência. A dinâmica subjacente de divergência de política monetária entre o Fed (cortando) e o Banco do Japão (BoJ) (ultraacomodatício) permanece um pilar de sustentação para o par. No entanto, o mercado parece estar em uma pausa para decidir o próximo grande movimento.
Uma ruptura decisiva acima de ¥158 poderia reacender a tendência de alta, visando níveis mais elevados. Por outro lado, uma queda abaixo de ¥155 pode levar o mercado a testar o nível de suporte significativo em ¥153. A decisão de política monetária do BoJ, também marcada para esta semana, será crucial. Qualquer sinal de mudança no tom ultra-dóvis do banco japonês, por mais sutil que seja, pode causar tremores no par.
O dólar australiano tem se mostrado volátil contra o dólar americano, com o nível de 0.6700 atuando como uma resistência significativa e teimosa. A análise sugere que este é um dos trades mais definidos para a semana: o mercado parece inclinado a testar os níveis mais baixos. Uma queda para 0.6550 ou mesmo 0.6500 é considerada uma possibilidade distinta.
No entanto, o par carrega o risco de um movimento de alta explosivo caso a resistência seja rompida, especialmente se houver uma surpresa positiva nos dados globais de commodities ou em indicadores domésticos. O sentimento de risco global, frequentemente ligado ao desempenho dos mercados de ações e metais, também será um driver chave. Traders considerando vendas devem estar cientes do alto risco de reversão repentina inerente a esse par atualmente.
O cenário para o USD/CAD permanece baixista. A combinação de um dólar americano em enfraquecimento pós-Fed e o petróleo com preços estáveis — um apoio fundamental para o dólar canadense — está pressionando o par. O diferencial de política monetária também favorece o CAD, uma vez que o Banco do Canadá (BoC) demonstrou menos urgência para cortar juntos agressivamente em comparação com o Fed.
Os próximos dados de inflação (CPI) do Canadá serão o evento mais importante para o par nesta semana. Uma leitura forte reduziria as chances de cortes imediatos do BoC, dando um impulso adicional ao CAD. Tecnicamente, o par caminha em direção a um suporte crucial em 1.3720, com médias móveis formando um cruzamento baixista. No entanto, o RSI chegando à zona de oversold sugere que uma fase de consolidação pode preceder o próximo movimento direcional. A resistência principal está na Média Móvel de 200 dias, próximo a 1.3900.
A semana de 14 a 19 de dezembro de 2025 se configura como uma das mais sensíveis do ano para o mercado Forex. Os traders serão bombardeados com dados críticos (CPI e NFP dos EUA, CPI do Canadá), decisões de bancos centrais (BoE, BoJ, ECB) e, ao mesmo tempo, precisarão ajustar suas estratégias para o início do período de férias de baixa liquidez. A palavra-chave é cautela.
As principais dinâmicas a observar são a reação do dólar a novos sinais de inflação e emprego, a postura do Banco da Inglaterra frente à inflação persistente e qualquer surpresa vinda do Banco do Japão. Em um ambiente de volumes em declínio, ordens stop-loss podem ser mais facilmente acionadas, levando a movimentos exagerados. A recomendação predominante das análises é por um approach conservador, realizando lucros em movimentos intraday e evitando assumir posições de grande porte que possam ficar expostas durante o período de festas. A última semana completa de 2025 promete drama suficiente, servindo como um prelúdio decisivo para o que está por vir em 2026.
