Resumo:O mercado de forex abre a semana em um clima de forte expectativa. A chamada Super Quarta, marcada para 17 de setembro, deve trazer definições cruciais da política monetária global, com destaque para as decisões do Federal Reserve (Fed), do Banco Central do Brasil (Copom) e do Banco do Japão (BoJ).
Publicado em 15/09/2025
O mercado de forex abre a semana em um clima de forte expectativa. A chamada Super Quarta, marcada para 17 de setembro, deve trazer definições cruciais da política monetária global, com destaque para as decisões do Federal Reserve (Fed), do Banco Central do Brasil (Copom) e do Banco do Japão (BoJ).
Nesse ambiente, os principais pares de moedas mostram movimentos contidos nesta segunda-feira (15/09/2025), mas já delineiam cenários que podem se intensificar nos próximos dias. A volatilidade deve aumentar conforme se aproximam os anúncios, e traders precisam ficar atentos aos níveis técnicos e às projeções fundamentais que estão guiando o mercado.
O EUR/USD iniciou a semana consolidado em 1,1731, após semanas de ganhos consistentes que afastaram o par dos níveis de 1,14 registrados no início do ano.
· Suportes principais: 1,1700 e 1,1600.
· Resistências: 1,1750, 1,1850 e 1,1950.
A região de 1,1700 tem sido um suporte sólido, testado várias vezes em agosto e início de setembro, mostrando que os compradores estão defendendo esse nível com firmeza. Se o euro conseguir sustentar-se acima de 1,1750, pode abrir caminho para 1,1950, enquanto uma perda de 1,1700 colocaria em risco a trajetória de recuperação, com alvos em 1,1600 e 1,1450.
No campo fundamental, a moeda única aguarda declarações da presidente do Banco Central Europeu (BCE), Christine Lagarde, que falará nesta segunda-feira. O BCE mantém tom cauteloso quanto a cortes de juros, mas pressões de baixo crescimento na zona do euro podem levar a ajustes até o final do ano.
O GBP/USD opera em 1,3559, mantendo-se acima da zona psicológica de 1,3500.
· Suportes: 1,3500 e 1,3400.
· Resistências: 1,3600 e 1,3770.
A libra demonstra resiliência, apoiada por sinais técnicos como o cruzamento da média móvel de 15 dias acima da de 20 dias, apontando para tendência altista. A superação de 1,3600 abriria espaço para testar 1,3770, enquanto a perda de 1,3500 recolocaria a libra sob pressão vendedora.
Os investidores aguardam os próximos dados de inflação e mercado de trabalho no Reino Unido, além da decisão do Banco da Inglaterra (BoE). Caso o BoE mantenha postura firme contra a inflação, a libra pode ganhar tração adicional.
O USD/JPY é cotado em 147,65, dentro da faixa de 145,00 a 150,00, que vem limitando os movimentos do par.
· Resistência imediata: 148,50 e 150,00.
· Suportes: 145,00 e 142,50.
O mercado aguarda a reunião do Banco do Japão (BoJ) na sexta-feira (19). Há especulações de que a instituição poderá alterar sua política de controle da curva de rendimentos (YCC), o que poderia gerar forte volatilidade.
Caso o BoJ sinalize normalização monetária, o iene tende a se valorizar, levando o par para 140,00. No entanto, se mantiver a política ultraexpansionista, o dólar pode buscar 152,00, renovando máximas.
O USD/CHF segue pressionado, cotado em 0,7965, perto das mínimas recentes.
· Suporte imediato: 0,7900 e 0,7820.
· Resistências: 0,8050 e 0,8180.
A força do franco suíço, tradicional ativo de refúgio, reflete tanto a expectativa de cortes de juros pelo Fed quanto as incertezas geopolíticas globais. Se perder 0,7900, o par pode acelerar queda até 0,7700, enquanto recuperação acima de 0,8050 abriria espaço para 0,8180.
O USD/CAD negocia a 1,3844, em movimento lateral com leve viés altista.
· Resistências: 1,3900 e 1,4020.
· Suportes: 1,3750 e 1,3650.
A inflação no Canadá será divulgada nesta semana e pode definir o rumo do par. Caso o CPI mostre pressão inflacionária, o Banco do Canadá pode adiar cortes de juros, fortalecendo o dólar canadense e empurrando o par para baixo.
Já os preços do petróleo, diretamente ligados à economia canadense, também influenciam o par. A recuperação recente do WTI acima de US$ 71 pode favorecer o CAD.
O USD/ZAR é cotado em 17,36, em uma região de suporte chave.
· Suportes: 17,30 e 17,00.
· Resistências: 17,80 e 18,50.
Apesar dos desafios fiscais e políticos da África do Sul, o rand mostrou força nas últimas semanas. Um rompimento abaixo de 17,30 poderia abrir caminho para 17,00, reforçando a valorização da moeda local.
O AUD/USD opera em 0,6646, estendendo recuperação sustentada pela alta em commodities e expectativas de manutenção da postura firme do Banco da Reserva da Austrália (RBA).
· Suportes: 0,6600 e 0,6460.
· Resistências: 0,6720 e 0,6800.
O fato de o AUD ter sido a moeda mais forte contra o dólar na última semana reforça o viés altista. Caso supere 0,6720, pode acelerar em direção a 0,6800.
O AUD/CHF negocia em 0,5294, após romper resistências críticas.
· Resistência imediata: 0,5335 e 0,5400.
· Suporte: 0,5250.
Se mantiver-se acima de 0,5300, o par pode consolidar ganhos e buscar 0,5400. O fortalecimento do AUD diante do franco suíço mostra apetite por risco em setores ligados a commodities.
Além dos pares em destaque, o forex está sob influência de fatores amplos:
· Estados Unidos: expectativa de corte de 0,25 p.p. pelo Fed, com possibilidade de movimento maior.
· Brasil: decisão do Copom pode manter a Selic em 15%, reforçando o real como moeda de alto carry trade.
· China: dados fracos de produção industrial e vendas no varejo aumentam temores sobre a demanda global.
· Europa: crescimento lento mantém pressão sobre o BCE, apesar da inflação persistente.
Esses elementos criam um cenário de alta volatilidade, exigindo cautela e gestão de risco dos traders.
O dia 15 de setembro de 2025 mostra um forex em consolidação, com os investidores aguardando decisões-chave de política monetária global. Pares como EUR/USD e GBP/USD apresentam viés altista, enquanto USD/JPY permanece lateral e USD/CHF segue em tendência de baixa.
O investidor brasileiro deve acompanhar de perto a Super Quarta, pois a combinação de juros domésticos elevados com cortes potenciais nos EUA pode criar oportunidades únicas no curto prazo.
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