Resumo:Neste artigo, vamos analisar a atual cotação do ouro, suas projeções de curto e médio prazo, os fatores macroeconômicos que sustentam esse rali, e como o FOMO pode sabotar suas decisões de investimento — com dicas práticas para evitar esse erro comum no trading forex e em ativos de refúgio como o ouro.
Publicado em 07/10/2025
O ouro está vivendo um dos seus momentos mais históricos nos mercados internacionais. Nesta terça-feira, 07 de outubro de 2025, o metal precioso caminha para romper de vez a barreira simbólica dos US$ 4.000 por onça troy, com sua cotação atual em torno de US$ 3.980, enquanto no Brasil o ouro 24k já é negociado acima dos R$ 681 por grama — um dos valores mais altos já registrados em território nacional.
Mas o que está por trás dessa valorização impressionante? E por que muitos traders estão se deixando levar por um fenômeno conhecido como FOMO (Fear Of Missing Out), ou medo de ficar de fora, colocando em risco sua estratégia e seu capital?
Neste artigo, vamos analisar a atual cotação do ouro, suas projeções de curto e médio prazo, os fatores macroeconômicos que sustentam esse rali, e como o FOMO pode sabotar suas decisões de investimento — com dicas práticas para evitar esse erro comum no trading forex e em ativos de refúgio como o ouro.
O ouro atingiu ontem um novo recorde histórico ao ser cotado em US$ 3.940 por onça, acumulando uma alta de mais de 50% somente em 2025. O movimento vem sendo comparado ao grande rali da década de 1970 e está sendo alimentado por múltiplos fatores globais.
No Brasil, a cotação do ouro 24k por grama chegou a R$ 681,49, impulsionada não apenas pelo aumento do preço internacional, mas também pela depreciação do real frente ao dólar e o aumento da demanda interna por ativos considerados “porto seguro”.
Vários elementos ajudam a explicar essa corrida pelo ouro:
O que mais chama a atenção neste ciclo é o fator emocional que está impactando os investidores: o FOMO (Fear Of Missing Out).
A FOMO, ou medo de perder uma oportunidade, está levando muitos traders a comprarem ouro sem planejamento ou análise fundamentada, simplesmente para não ficarem de fora de um movimento lucrativo.
Segundo analistas da Pictet Asset Management, o mercado de ouro está vivendo uma “FOMO placcata doro”, ou seja, uma febre de ouro causada pelo medo de não lucrar enquanto outros ganham. O resultado? Entradas massivas em ETFs de ouro, que somaram US$ 13,6 bilhões só nas últimas quatro semanas e mais de US$ 60 bilhões ao longo de 2025 — um recorde absoluto.
Além da demanda emocional, o mercado também tem fatores estruturais:
De acordo com o gráfico de 4 horas, o ouro ainda mostra um claro padrão de “buy the dip” (comprar nas correções). O Índice de Força Relativa (RSI) permanece próximo da zona de sobrecompra (70,5), sugerindo que qualquer recuo deve atrair compradores.
Níveis técnicos relevantes:
O viés é amplamente altista, mas a cautela técnica é necessária diante de uma possível realização de lucros nos próximos dias.
O FOMO, ou Fear Of Missing Out, é a ansiedade de perder uma oportunidade de lucro que outros parecem estar aproveitando. No trading, ele surge quando um ativo — como o ouro — dispara, e o investidor entra tarde e sem plano de entrada ou controle de risco.
Isso leva a decisões impulsivas, como:
Os efeitos do FOMO são devastadores no médio e longo prazo:
Para lidar com o FOMO no auge do ouro ou de qualquer outro ativo, siga estas orientações:
Defina antes da sessão: onde entrar, onde sair, quanto arriscar e quais ativos negociar.
Exemplos:
Copiar trades de desconhecidos aumenta o impulso emocional e reduz a clareza.
Defina número máximo de operações e valor de perda diária. Quando bater o limite, pare e reveja o dia.
Registre o motivo de cada entrada e analise semanalmente os trades por impulso.
Mesmo com o ouro próximo de máximas, ele ainda é considerado um bom ativo para diversificação — desde que o trader não entre por impulso ou pelo calor do momento.
A incerteza global, fragilidade do dólar e cenário de juros baixos continuam sustentando o ouro como um ativo de valor. Porém, quem compra agora precisa entender que volatilidade e correções são esperadas, especialmente após altas tão aceleradas.
O ouro é, sem dúvida, o protagonista do mercado neste início de outubro. Com cotação acima dos R$ 680 por grama no Brasil e flertando com os US$ 4.000 no cenário global, o metal continua sua escalada histórica.
Mas junto com esse movimento vem o risco comportamental do FOMO, que pode transformar uma boa oportunidade em uma armadilha para o trader despreparado.
Disciplina, planejamento e gestão de risco são as verdadeiras moedas de ouro em um cenário assim.
Antes de comprar ouro ou qualquer ativo, pergunte-se: estou seguindo meu plano ou estou sendo guiado pelo medo de perder?